16 agosto 2009

Um Portimão que afinal não era Portimão, um festival que esteve áquem, uma longa viagem desde o Porto, um line-up esquizofrénico, a procura incessante de uma cama, uma banda que fez tudo isto valer a pena.
jeanne de puis-huit e marta chéri levitaram ao som da distorção das guitarras de my bloody valentine, misturadas numa massa de pessoas hereges não merecedoras do pedaço de céu que caiu naquela noite. Cigarette in your bed e When You Sleep fizeram-me sonhar acordada; ficou claro que o shoegaze ainda respira e que a música não precisa de movimentos coreografados, frases feitas ou de um reconhecimento do estilo através dos trapos do vocalista.
jeanne de puis-huit e marta chéri voltaram do concerto com o seu recheio mais doce do que nunca. Ah! e com grilos nos ouvidos :)

2 comentários:

  1. aah, o holocausto (a.k.a. 15 minutos de distorção ou como torturar um fã de offspring)! tremia tudo e nós tremíamos também. como disse alguém, parecia que tínhamos a cabeça dentro da turbina de um avião. parecia que íamos levantar voo. sublime. memorável.

    vou guardar numa caixinha os tampões para os ouvidos que nos deram e não usámos. foram mesmo os my bloody valentine que os mandaram distribuir. e no contrato deles também se responsabilizam por possíveis danos ao material de som. daí, portanto, o sr. adriano-da-terra, mesmo tendo aguentado o concerto todo na linha da frente, se (e nos) tenha questionado: "o que é isto?" hahaha!

    quanto aos cabeça de cartaz, jeanne de puis-huit e marta chéri só têm a dizer: "oooooh yyyyyh ooooh yyyyh" (also known as offspring lyrics)

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  2. insólito: marta chéri de carapuço e jeanne de puis-huit de gabardine e cachecol.
    legenda: portimão, agosto de 2009.

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